Actualmente, a maioria dos países são já apenas democráticos na aparência.
Um cada vez menor número de empresas, e através delas, de pessoas, exerce um controlo cada vez maior sobre a economia mundial e, daqui, até às democracias. Esta é a conclusão de um estudo publicado na revista NewScientist.
O estudo da NewScientist lista um pequeno grupo de corporações multinacionais, sobretudo Bancos, que dominam o essencial da economia mundial. O estudo foi realizado por investigadores do Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Zurique sobre dezenas de milhar de entidades empresariais multinacionais identificando uma densa mas obscura teia de participações directas e indirectas que mascaram a extensão do poder das entidades dominantes.
No final, os investigadores concluíram que pouco mais de 1400 corporações controlam diretamente cerca de 20% da economia mundial. Indiretamente, contudo e pela via das participações indiretas, o controlo é bem mais extenso, chegando aos 60%! Isto significa que mais de metade da economia do planeta está sob controlo de cerca de 1300 multinacionais.
Os investigadores suíços identificaram no seio destas pouco mais de 1300 empresas um círculo interior composto por apenas 147 empresas (sobretudo Bancos e entidades financeiras) que controla efetivamente as outras 1300. A sua estimativa é que menos de 1% destas corporações esteja de facto no controlo de 40% destas empresas.O controlo é ainda mais unitário do que estes números deixam transparecer: estas 147 empresas estão ligadas entre si por várias participações cruzadas.
Os perigos que advêm desta historicamente inédita concentração de poder económico e político são terríveis. Desde logo, a desregulação dos mercados financeiros que levou à crise de 2008 e que perdura ainda hoje foi um produto da sua pressão continuada e insistente sobre uma classe política cada vez mais dócil e instrumentalizada. A Economia subjuga a Democracia e – porque a concentração económica chegou a este nível – se uma só destas gigantescas corporações atravessa dificuldades é todo o mundo que paga. Sobretudo, a existência destas megacorporações e do seu poder significa que não há concorrência, mas concertação entre elas, com grave prejuízo para a eficácia das economias e para o interesse dos cidadãos e consumidores.
Os investigadores listam algumas das mais poderosas destas 147 entidades multinacionais: Barclays, AXA, JP Morgan, UBS, Merrill Lynch, Deutsche Bank, Crédit Suisse, Goldman Sachs, Morgan Stanley, Mitsubishi, Société Générale, Bank of America, Lloyds, Allianz, BNP Paribas, listando aqui apenas as mais conhecidas.
Este é o “governo secreto” que através de entidades nacionais ou transnacionais (União Europeia, NAFTA) governa efectivamente o mundo, por detrás de uma máscara de democracia formal e através da crescente bovinização dos povos induzida pelos mecanismos de controlo de massas permitidos pelos média.
A força agregada por estas entidades é hoje tremenda e torna esta plutocracia (que reunirá apenas algumas centenas de indivíduos em todo mundo) num Império antidemocrático com uma agenda muito concreta de dominação global.
Estas uniões económicas e monetárias de que o Euro e a União Europeia são apenas dois exemplos, são a ferramenta desta dominação. A supressão dos direitos humanos e laborais obtidos nos últimos séculos, a via para esta dominação insidiosa e oculta. A vontade dos Povos; a derradeira barreira… Porque a colonização das mentes está em curso, mas ainda é reversível.
Assim nos abstenhamos de nos abstermos e partamos todos à busca de novas formas de participação cívica e política.
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